quinta-feira, 31 de março de 2016


AS FUNÇÕES DO NOMEADOR

O nomeador não tem com função escolher os melhores árbitros para cada jogo?
Para poder escolher os melhores árbitros não tem de fazer um acompanhamento minimo das actuações, para saber se está em forma fisica,psicológica e emocionalmente?

Pode não saber as classificações mas tem de saber se está a fazer boas ou más exibições para decidir se é o melhor árbitro para aquele jogo.

Logo se escolheu Marco Ferreira é porque tinha acompanhado as exibições e chegou à conclusão que ele era o melhor arbitro para apitar um dos jogos mais importantes da época.

A escolha para a final da taça implica que Marco Ferreira fez aos olhos de Vitor Pereira uma época razoável (no minimo) o que entra em contradição com as classificações e a respectiva descida de escalão.

Ora isto significa necessariamente que, ou a avaliação dos observadores foi deficiente e Vitor Pereira estava certo (e então é necessário colocar em casa a competência desses observadores)  ou a avaliação dos observadores estava certa e ai temos de pôr em causa a avaliação do Vitor Pereira para nomear os melhores árbitros.

Pode-se afirmar que Vitor Pereira não tem condições de fazer um acompanhamento das exibições dos árbitros (o que acho razoável) e que não tendo acesso às classificações não tem instrumentos para avaliar a forma destes.
Mas nesse caso é necessário perguntar com que critérios é que faz as nomeações. Sem saber se os árbritos estão a fazer boas ou más exibições como é que é possivel escolher os melhores árbritos para os melhores jogos. Será apenas com base na classificação do ano passado? Mas ai não se reflecte as oscilações de forma. Com base na proveniência regional? Ou é simplesmente à sorte.

Ora se é á sorte porque é que chumbaram o sorteio que pelos vistos faria o mesmo mas de uma maneira transparente.

A questão é que a nomeação do Marco Ferreira para a final da taça e a posterior descida de divisão revela que o sistema de nomeações e observações não está a funcionar bem e nesse caso ou se opta por um sistema alternativo como o sorteio ou se reformula o conselho de arbitragem demitindo ou o presidente do conselho de arbitragem ou os observadores pois claramente um deles não está a funcionar bem.

E podia-se dizer " ele não podia adivinhar que ia descer de escalão".
Melhor, ele não DEVIA adivinhar. E esse é que é o problema, termos uma sistema que obriga o nomeador a adivinhar em vez de decidir com base em critérios objectivos, bem definidos e transparentes.

No entanto, como não se procura melhorar esse sistema somos obrigados a perguntar se não existe interesse e conivência em que ele se mantenha como está e ai surge a suspeição: a quem e porquê interessa manter um sistema que não funciona?

E quando surge, não um mas dois árbitros, a lançar suspeições sobre esse sistema é natural que sejamos levados a questionar o que se passa e a querer averiguações aprofundadas.

Se temos de partir do principio que todos os árbitros são insuspeitos e idóneos e temos de acreditar na boa vontade deles quando arbitram, porque é que quando deixam de apitar e lançam suspeições não sofrem do mesmo tratamento.

É assim, se acreditávamos na isenção de Marco Ferreira quando arbitrava temos de acreditar na isenção agora quando fala.

Quando nos dizem não podemos estar sempre a pôr em causa as arbitragens e que temos de acreditar nos árbitros eu respondo: Eu acredito..acredito em Marco Ferreira e em Jorge Coroado.  Porque é que agora não podemos acreditar nesses dois, simplesmente porque deixaram a arbitragem? Ter ou não ter a camisola de árbitro altera a sua personalidade e apenas ai se garante a idoneidade deles?