quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

INVASÃO DOS LAMPIÕES






"Invasion of the Body Snatchers" é um filme de Ficção Cientifica e Terror, produzido em 1956 e  realizado por Don Siegel.

O filme relata a história de uma pequena cidade na Californa em que os seus habitantes são substituidos por extraterrestes enquanto dormem. 
No entanto, um médico local vai revelando pouco a pouco esta invasão silenciosa e tenta alertar as autoridades, mas vê-se impotente quando descobre que essas mesmas autoridades estão corrompidas e tentam descredibilizá-lo levando-o a questionar a própria sanidade.

Quem diria que passados 60 anos deparamo-nos com uma invasão parecida. Só que desta vez bem real. A invasão dos lampiões.

Uma invasão silenciosa, executada durante anos enquanto dormiamos, que tomou conta das estruturas do futebol e, mais grave, da comunicação social.

Tal como o médico, algumas pessoas tentam denunciar esta invasão apenas para descobrir o sentimento de impotência ao descobrir que essas mesmas autoridades estão corrompidas.

No entanto, torna-se mesmo assim, necessário alertar a população e intruir aqueles que ainda não foram tomados para não se deixarem levar e questionarem as autoridades. Para  não serem coniventes com essa invasão.

Vejamos, nunca é de mais relembrar o primeiro indicio dessa invasão (que na realidade foi uma expressão de desejo dessas mesma invasão) na célebre frase proferida em 2003 por Luis Filipe Vieira: "São mais importantes os lugares na liga do que contratar bons jogadores". 

Quão profética foi esta frase e no entanto estávamos nós a dormir.

Passados 13 anos finalmente começamos a acordar e a verificar o quão contaminado estão as estruturas do futebol. 

(Se tiverem dúvidas basta seguir alguns dos links colocados em baixo. Linksque não passam de uma pequena amostra).

Ora um dos principais efeitos dessa invasão é fazer com que nos sintamos sozinhos no mundo e começar a questionarmo-nos sobre a a nossa própria sanidade, a perguntar se afinal somos loucos.

Isto a propósito do branquamento feito  por árbitros, jornalistas, comentadores e dirigirentes do futebol ao erros de arbitragem.

Por exemplo no Sporting - Feirense, Luis Machado numa disputa com Coates cai ao chão e reclama grande penalidade.

Ora, nas análises efectuadas a este lance a maioria dos comentadores não hesitaram em considerar grande penalidade.





Podemos concordar ou não mas aceitamos que seja esse o critério.

Agora o problema é quando o critério altera-se consoante as equipas. Vejamos um lance idêntico num outro jogo.




Um lance idêntico, exactamente na mesma zona, com o mesmo tipo de movimento deve gerar o mesmo tipo de análise certo? ERRADO. Aqui não existe grande penalidade nenhuma.



Já sobre o lance mais surreal alguma vez visto.



 Não houve nada de errado. Apenas foi falta de "bom senso". 

No entanto não acaba aqui. Chegam ao ponto de afirmar que o nós vimos não foi uma falta próxima da agressão sobre Adrien. Não, foi o Adrien que chocou com a cabeça na caneleira do outro jogador.
Por pouco não defendem que Adrien deveria levar amarelo.



Em relação ao Benfica - Sporting bem podemos gritar a dizer que foram grandes penalidades que os invasores subvertem de tal maneira a realidade que as transformam em acções acidentais ou de dificil análise deixando-nos a pensar se não estamos loucos.


Chegam ao cumulo de apresentar diagramas para nos provar que estamos errados. Mesmo não mostrando nos diagramas onde está a situação em que a bola ressalta em duas, atenção DUAS mãos. Claro que não podem mostrar porque é impossivel "ressaltar" em duas mãos. A segunda não pode nunca ser acidental.


E provavelmente alguns  de nós com a mente mais frágil aceitam os argumentos e desistem deixando-se tomar.

No entanto apesar de sozinhos temos de alertar, gritar, barafustar e não desistir. 

É claro que esses mesmo invasores irão procurar domar-nos, transformando-nos em pessoas dóceis e sem reacção. Reparem na tentativa do jornal Record.



Mesmo reconhecendo a nossa razão, consideram que devemos aceitar as situações, calarmo-nos e deixarmo-nos subjugar.

Não. Não podemos aceitar. Mesmo sozinhos, mesmo parecendo loucos temos de continuar a gritar, a alertar e a denunciar. Mesmo que pareça que não existe solução, mesmo que no fim saiamos derrotados é a maneira como lutamos que nos define. ´

É esta capacidade de lutar. Lutar contra tudo e contra todos, mesmo que tudo pareça perdido que nos torna diferentes daqueles que se deixam invadir e subjugar. É isso que define os Sportinguistas.












1 comentário:

  1. Muito bom resumo do que um Sportinguista sente nestes dias: um isolamento tal que leva alguns a questionarem-se. Mas o amor é maior

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